Não seja tão sério.
Essa seriedade cria problemas, e somos tão sérios que inclusive vendo uma representação teatral nos envovemos.
Veja em um cinema e observa aos espectadores.
Não olhe a tela, te esqueça do filme; não olhe a tela, olhe só aos espectadores da sala.
Alguém estará chorando e lhe cairão as lágrimas, alguém se estará rindo,alguém estará excitado sexualmente.
Olhe às pessoas. O que estão fazendo?
O que lhes está passando?
E não há nada na tela, só imagens: imagens de luz e sombra.
A tela está vazia.
Mas como se estão emocionando?
Estão chorando, soluçando, renda-se.
A imagem não é só uma imagem, o filme não é só um filme.
Esqueceram que é só uma história; a tomaram a sério.
iSe tornou «viva»! É «real»! E isto está acontecendo em todas partes, não só no cinema.
Olhe a vida que há a seu redor.
O que é?
Viveu muita gente nesta Terra.
Onde está sentado, há ao menos dez cadáveres enterrados,nesse mesmo lugar, e eles também eram sérios como você.
Agora já não existem.
Onde foram suas vidas?
Onde foram seus problemas?
Estavam lutando, lutando por um só centímetro de terra, e a terra segue aqui e eles não.
E não estou dizendo que seus problemas não fossem problemas.
Eram-no; igual a seus problemas são problemas.
Eram sérios: problemas de vida e morte.
Mas onde estão seus problemas?
E se toda a humanidade desaparece um dia, a terra seguirá aí, as árvores crescerão, os rios fluirão e sairá o Sol, e a Terra não notará nenhuma ausência ou se perguntará onde está a humanidade.
Olha-o tudo: olhe para trás, olhe para diante, olhe todas as dimensões nas que é, que é sua vida.
Parece um comprido sonho, e tudo o que toma tão a sério neste momento se volta inútil ao momento seguinte.
Pode que nem sequer te lembre disso.
Pode que nem sequer te lembre disso.
Recorda seu primeiro amor: que sério foi.
A vida dependia dele.
Já não te lembra absolutamente, está esquecido.
Já não te lembra absolutamente, está esquecido.
E algo da que hoje pensa que sua vida depende dela, será esquecida.
A vida é um fluxo, nada permanece.
É como um filme; tudo se transforma em todo o resto.
Mas no momento te parece que é muito sério, altera-te.
Esta técnica diz: Isto que chamamos universo aparece como malabarismo, um espetáculo de imagens.
Para ser feliz considere-o assim.
(Osho)