Menu

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Raiva

Participante – Satya, se aceitação é o ponto, como fazer para aceitar a raiva?
Sinto muita raiva e é difícil aceitar.
Você está com raiva agora?
Participante – Estou com muita raiva.
Você sente raiva do quê?
Participante – Da minha vida atual.
Quando diz “da minha vida atual”, do que você está falando?
Participante – Do meu trabalho.
Você está trabalhando agora?
Participante – Não, agora não! [Risos]

Esse é o segredo: “agora não”.
Se descobre essa porta, está tudo resolvido – e você pode entrar nela sempre que estiver atribulado com o que quer que seja.
Essa porta está disponível, abra!
Este é o segredo.
Depois que você passa por esta porta, tanto a raiva quanto qualquer outro acontecimento se tornam apenas um sonho, uma ilusão.
E você não é forçado, de maneira nenhuma, a continuar sonhando.
Duvide, questione a si mesmo.
Penetre no agora e saiba que “agora você não está com raiva” – isto é fatal.

Satyaprem

Transbordar

Os indianos chamam de “Satchitananda”, aquele transbordamento que acontece quando você olha e vê que você não cabe dentro de si mesmo.
O corpo transborda através dos olhos, lágrimas correm, há um transbordamento – afinal, não tem como conter Aquilo que você verdadeiramente é, dentro desse corpo mínimo.
Estamos falando de “reconhecimento”.
Quando você não faz vista-grossa, pode notar o seu corpo andando, falando, sentindo, comendo...
Você simplesmente nota, observa, tudo isso acontecendo.
Você é aquele que vê, você não é aquele que come, que anda, que chora...
A partir desse reconhecimento, você anda sem andar, senta sem sentar, come sem comer...
Seu nome é Observação e seu sobrenome é Paz.
E aquele que Observa não se importa nem se desimporta com o que está sendo observado, ele apenas observa, sem a menor interferência no destino do corpo ou da mente.

Satyaprem

Sabedoria e Silêncio.

Sabedoria quer dizer que você sabe quem você é, quer dizer que isto foi questionado e visto.
E, enquanto a visão clara ainda não ocorreu, você ainda se distrai – ora no esquecimento, ora na relembrança.
Não tem nenhum problema nisso.
Retorne sempre que possível.
Às vezes você se identifica completamente com os meandros da vida e em outros momentos não.
O importante é que, entre uma coisa e outra, durante uma coisa e outra, se mantenha a vigilância daquilo que você é.
O único detalhe importante nisso tudo é que o “relembrar” não é um fazer, ele ocorre à sua revelia.
Por isso reforço a importância em comprometer-se com esta “visão”.
Sempre que ocorra, sempre que você for “visitado” pela presença do Silêncio, receba-o com muito carinho e confie.
Este ato de entrega e confiança, de alguma maneira, o manterá cada vez mais próximo.
Chega um momento em que o “visitante” – o Silêncio – não vai mais a lugar nenhum.
Porque essa é a verdade: ele não vai a lugar nenhum.
É você que viaja no “esquecimento” e depois retorna.

Satyaprem




Aquiete-se

Aquiete-se.
Não tem lugar para a sua mente nisso!
Para simplificar a questão, simplesmente não dê ouvidos ao que quer que seja que a mente diga.
Ouça, mas não corresponda.
Ouça, porque não tem como não ouvir.
O galo cantou e isso é indiscutível.
Não é possível exigir que você não ouça o galo cantar.
O galo cantou, mas qual é o significado disso?
Nenhum.
No entanto, você ouve a sua mente como se fosse um galo cantando cheio de significância.
Tudo o que eu estou dizendo é: ouça a sua mente como um ruído qualquer.
E talvez, até encontre uma certa beleza no ruído proposto por ela.
A mente pode começar, inclusive, a gerar ruídos mais harmônicos.


Satyaprem.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

A maior alegria na vida.

Ela não esta realmente perdida, foi apenas esquecida.
Nascemos como meditadores e, depois, aprendemos os caminhos da mente.
Mas nossa natureza verdadeira permanece oculta em algum lugar lá no fundo, como uma subcorrente.
Qualquer dia, cavando um pouqunho, você descobreirá a fonte ainda fluindo, a fonte de águas límpidas.
E a maior alegria na vida é encontra-lá.

 O livro Orange - Osho.

Percepção.

Meditação é a percepção de que você não é a mente.
Quando a percepçãoA fica cada vez mais profunda em você, muito lentamente, surgem alguns momentos - momentos de silêncio, momento de espaço puro, momentos de transparência, momentos em que nada se agita em você e tudo fica sereno.
Nesses momentos serenos, você saberá quem pe você e conhecerá o mistério desta existência.
Chega um dia, um dia abençoado, em que a meditação se torna seu estado natural.


O livro organge _ Osho_

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Uma pessoa religiosa.

Uma pessoa religiosa é aquela que aceita este exato momento - seja qual for o caso - e, através dessa aceitação, ela nasce renovada, o morto é ressuscitado. Isso é um renascimento. ... Quando você renasce, tudo renasce com você: as árvores serão as mesmas e, contudo, não serão as mesmas; os montes serão os mesmos e, contudo, não serão os mesmos - porque você mudou. Você é o centro do seu mundo, e, quando o centro muda, a periferia tem de seguir, porque o mundo é apenas uma sombra ao seu redor. - trecho de "A Semente de Mostarda" - Osho

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

A causa é interior.

Eu sei das tuas tensões, dos teus vazios e da tua inquietude. Eu sei da luta que tens travado à procura de Paz. Sei também de suas dificuldades para alcançá-la. Sei das tuas quedas, dos teus propósitos não cumpridos, das tuas vacilações e dos teus desânimos. Eu te compreendo...
Imagino o quanto tens tentado para resolver as tuas preocupações profissionais, familiares, afetivas, financeiras e sociais. Imagino que o mundo, de vez em quando, parece-te um grande peso que te sentes obrigado a carregar. E tantas vezes, sem medir esforços. Eu conheço as tuas dúvidas, as dúvidas da natureza humana. Percebo como te sentes pequeno quando teus sonhos acalentados vão por terra, quando tuas expectativas não são correspondidas. E essas inseguranças com o amanhã? E aquela inquietação atroz em não saberes se amanhã as pessoas que hoje te rodeiam ainda estarão contigo? De não saberes se reconhecerão o teu trabalho, se reconhecerão o teu esforço. E, por tudo isto, sofres, e te sentes como um barco sozinho num mar imenso e agitado. E não ignoro que, muitas vezes, sentes uma profunda carência de amor. Quantas vezes pensaste em resolver definitivamente os teus conflitos no trabalho ou em casa. E nem sempre encontraste a receptividade esperada ou não tiveste força para encaminhar a tua proposta. Eu sei o quanto te dói os teus limites humanos e o quanto às vezes te parece difícil uma harmonia íntima. E não poucas vezes, a descrença toma conta do teu coração. Eu te compreendo... Compreendo até tuas mágoas, a tristeza pelo que te fizeram, a tristeza pela incompreensão que te dispensaram, pelas ingratidões, pelas ofensas, pelas palavras rudes que recebeste. Compreendo até as tuas saudades e lembranças. Saudade daqueles que se afastaram de ti, saudade dos teus tempos felizes, saudade daquilo que não volta nunca mais... E os teus medos?
Medo de perderes o que possuis, medo de não seres bom para aqueles que te cercam, medo de não agradares devidamente às pessoas, medo de não dares conta, medo de que descubram o teu íntimo, medo de que alguém descubra as tuas verdades e as tuas mentiras, medo de não conseguires realizar o que planejaste, medo de expressares os teus sentimentos, medo de que te interpretem mal. Eu compreendo esses e todos os outros medos que tens dentro de ti. Sou capaz de entender também os teus remorsos, as faltas que cometeste, o sentimento de culpa pelos pequenos ou grandes erros que praticaste na sua vida. E sei que, por causa de tudo isso, às vezes te encontras num profundo sentimento de solidão. É quando as coisas perdem a cor, perdem o gosto e te vês envolto numa fina camada de indiferença pela vida. Refiro-me àquela tua sensação de isolamento, como se o mundo inteiro fosse indiferente às tuas necessidades e ao teu cansaço. E nesse estado és envolvido pelo tédio e cada ação ou obrigação exige de ti um grande esforço. Sei até das tuas sensações de estares acorrentado, preso, preso às normas, aos padrões estabelecidos, às rotineiras obrigações: “Eu gostaria de... mas eu tenho que trabalhar, tenho que ajudar, tenho que cuidar de, tenho que resolver, tenho que!...”. Eu te compreendo... Compreendo os teus sacrifícios. E a quantas coisas tens renunciado, de quantos anseios tens aberto mão! ... E sempre acham que é pouco... Pouca coisa tens feito por ti e tua vida, quase toda ela, tem sido afinal dedicada a satisfazer outras pessoas. Sei do teu esforço em ajudar às outras pessoas e sei que isso é a semente de tuas decepções. Sei que, nas tuas horas mais amargas, até a revolta aflora em teu coração. Revolta com a injustiça do mundo, revolta com a falsidade de muitos, com a repressão social e com a desonestidade. Por tudo isso, carregas um grau excessivo de tensões, de angústia e de ansiedade. Sonhas com uma vida melhor, mais calma, mais significativa. Sei também que tens belos planos para o amanhã.
Sei que queres apenas um pouco de segurança, seja financeira ou emocional, e sei que lutas por ela. Mas, mesmo assim, tuas tensões continuam presentes. E tu percebes estas tensões nas tuas insônias ou no sono excessivo, na ausência de fome ou na fome excessiva, na ausência de desejo para o sexo ou no desejo sexual excessivo. O fato é que carregas e acumulas tensões sobre tensões: tensões no trabalho, nas exigências e autoritarismos de alguns, nas condições inadequadas de salário e na inexistência de motivação, nos ambientes tóxicos das empresas, na inveja dos colegas, no que dizem por trás. Tensões na família, nas dependências devoradoras dos que habitam a mesma casa; nos conflitos e brigas constantes, onde todos querem ter razão; no desrespeito à tua individualidade, no controle e cobrança das tuas ações.
Eu te compreendo, e te compreendo mesmo. E apesar de compreender-te totalmente, quero dizer-te algo muito importante. Escuta agora com o coração o que vou te dizer: eu te compreendo, mas não te apoio! Tu és o único responsável por todos estes sentimentos. A vida te foi dada de graça e existem em ti remédios para todos os teus males. Se, no entanto, preferes a autocomiseração ao invés de mobilizares as tuas energias interiores, então nada posso te oferecer. Se preferes sonhar com um mundo perfeito, ao invés de te defrontares com os limites de um mundo falho e humano, nada posso te oferecer.
Se preferes lamentar o teu passado e encontrar nele desculpas para a tua falta de vontade de crescer; se optastes por tentar controlar o futuro, o que jamais controlarás com todas as suas incertezas; se resolveste responsabilizar as pessoas que te rodeiam pela tua incompetência em tratar com os aspectos negativos delas, em nada posso te ajudar. Se trocaste o auto apoio pelo apoio e reconhecimento do teu ambiente, então nada posso te oferecer. Se queres ter razão em tudo que pensas; se queres obter piedade pelo que sentes; se queres a aprovação integral em tudo que fazes; se escolhestes abrir mão de tua própria vida, em nome do falso amor, para comprares o reconhecimento dos outros, através de renúncias e sacrifícios, nada posso te oferecer. Se entendeste mal a regra máxima “Amar ao próximo como a ti mesmo”, esquecendo-te de amar a ti mesmo, em nada posso te ajudar.
Se não tens um mínimo de coragem para estar com teus próprios sentimentos, sejam agradáveis ou dolorosos; se não tens um mínimo de humildade para te perdoares pelas tuas imperfeições; se desejas impressionar os outros e angariar a simpatia para os teus sofrimentos; se não sabes pedir ajuda e aprender com os que sabem mais do que tu; se preferes sonhar, ao invés de viver, ignorando que a vida é feita de altos e baixos, nada posso te oferecer. Se achas que pelo teu desespero as coisas acontecerão magicamente, se usas a imperfeição do mundo para justificar as tuas imperfeições; se queres ser onipotente, quando de fato és simplesmente humano; se preferes proteção à tua própria liberdade; se interiorizaste em ti desejos torturadores; se deixaste imprimirem-se em tua mente venenosas ordens de : “Apressa-te!”, “Não erres nunca!”, “Agrade sempre!”; se escolheste atender às expectativas de todas as pessoas; se és incapaz de dar um não quando necessário, em nada posso te ajudar.
Se pensas ser possível controlar o que os outros pensam de ti; se pensas ser possível controlar o que os outros sentem a teu respeito; se pensas ser possível controlar o que os outros fazem; se queres acreditar que existe segurança fora de ti, repito: Eu te compreendo mas, em nome do verdadeiro Amor, jamais poderia apoiar-te! Se recusas buscar no âmago do teu ser respostas para os teus descaminhos, se dás pouca importância a teus sussurros interiores; se esqueceste a unidade intrínseca dos opostos em nossa vida terrena; se preferes o fácil e abandonaste a paciência para o Caminho; se fechaste teus ouvidos ao chamado do retorno; se perdeste a confiança a ponto de não poderes entregar tua vida à vontade onipotente de Deus; se não quiseste ver a Luz que vem do Leste; se não consegues encontrar no íntimo das coisas aquele ponto seguro de equilíbrio no meio de todas as tormentas e vicissitudes; se não aceitas a tua vocação de Viajante com todos os imprevistos e acidentes da Jornada; se não queres usar o tempo, o erro, a queda e a morte como teus aliados de crescimento, realmente nada posso fazer por ti.
Se aspiras obter proteção quando o que precisas é Liberdade; se não descobriste que a verdadeira Liberdade e a autêntica Segurança são interiores; se não sabes transformar a frase “Eu tenho que...” na frase “Eu quero!”; se queres deixar que o fantasma do passado continue a fechar seus olhos para a infinidade do teu aqui e agora; se queres que o fantasma do futuro te coloque em posição de luta com o que ainda não aconteceu e, provavelmente, não chegará a acontecer; se optaste por tratar a ti mesmo como a um inimigo; se te falta capacidade para ver a ti mesmo como alguém que merece da tua própria parte os maiores cuidados e a maior ternura; se não te tratas como sendo a semente do próprio Deus; se desejas usar teus belos planos de mudar, de crescer, de realizar, como instrumentos de auto-tortura; se achas que é o amor ao apego que cultivas pelos teus parentes e amigos; se queres ignorar, em nome da seriedade e da responsabilidade, a criança brincalhona que habita em ti; se alimentas a vergonha de te enternecer diante de uma flor ou de um por do sol; se através da lamentação recusas a vida como dádiva e como graça, não posso te apoiar.
Mas, se apesar de todo o sono, queres despertar; se apesar de todo o cansaço, queres caminhar; se apesar de todo o medo, queres tentar, se apesar de toda a acomodação e descrença, queres mudar, aceita então esta proposta para a tua Felicidade: A raiz de todas as tuas dificuldades são teus pensamentos negativos. São eles que te levam para as dores das lembranças do passado e para a inquietação do futuro. São esses pensamentos que te afastam da experiência de contato com teu próprio corpo, com o teu presente, com o teu aqui e agora e, portanto, distanciando-te de teu próprio coração. Tens presente agora as tuas emoções? Tens presente agora o fluxo da tua respiração? Tens presente agora a batida do teu coração? Tens agora a consciência do teu próprio corpo? Este é o passo primordial. Teu corpo é concreto, real, presente, e é nele que o sofrimento deságua e é a partir dele que se inicia a caminhada para a Alegria.
Somente através dele se encaminha o retorno à Paz. Jamais resolverás os teus problemas somente pensando neles. Começa do mais próximo, começa pelo corpo. Através dele chegarás ao teu centro, ao teu vazio, àquele lugar onde a semente germina. Através da consciência corporal, galgarás caminhos jamais vistos, entrarás em contato com os teus sentimentos, perceberás o mundo tal como é e agirás de acordo com a naturalidade da vida. Assume o teu corpo e os teus sentimentos, por mais dolorosos que sejam; assume e observa-os, simplesmente observa-os. Não tentes mudar nada, sê apenas a tua dor. Presta atenção, não negues a tua dor. Para que fingir estar alegre se estás triste? Para que fingir coragem se estás com medo? Para que fingir amor se estás com ódio?
Para que fingir paz se estás angustiado? Não lutes contra teus sentimentos, fica do teu próprio lado, deixa a dor acontecer, como deixas acontecer os bons momentos. Pára, deixa que as coisas sejam exatamente como são.
Entra nos teus sentimentos sem os julgar, não fujas deles, não os evite, não queira resolvê-los escapando deles – depois terás de te encontrar com eles novamente, é apenas um adiamento, uma prorrogação. Torna-te presente, por mais que te doa. E, se assim fizeres, algo de muito belo acontecerá! Assim como a noite veio, ela também se irá e então testemunharás o nascer do dia, pois à noite o sol escurece até a meia-noite e, a partir daí, começa um novo dia. Se assim fizeres, poderei dizer-te que então que: Eu te compreendo e que, assim, tens todo o meu apoio! E verás com muita alegria que, justamente agora, já não precisas mais do meu apoio, pois o foste buscar dentro de ti e o encontraste dentro da tua própria dor! A CAUSA É INTERIOR!
O homem traz a semente de sua vida dentro de si mesmo. O que quer que lhe aconteça, acontece por sua própria causa. As causas externas são secundárias; as causas internas são as principais.

(Osho)

INOCÊNCIA -

INOCÊNCIA -
AS FOTOS SÃO DE UMA GAROTINHA CHAMADA TIPPI, NASCIDA EM NAIROBI, ÁFRICA EM 1990. CRESCEU NA SELVA COM SEUS PAIS, QUE SÃO FOTÓGRAFOS FRANCESES DA VIDA SELVAGEM. ELES DOCUMENTARAM A VIDA DE SUA FILHA COM OS ANIMAIS.


UM VAJRA-MANDALA LAMAICO

UM VAJRA-MANDALA LAMAICO

Permanecer, transparente

Permanecer, transparente

Retiro em leela

Retiro em leela

Satyaprem

Satyaprem


A Deriva

A Deriva

enxergando

enxergando

Contemplação

Contemplação

Mente

Mente

Estátua Khajuraho

Estátua Khajuraho

Khajuraho

Khajuraho









Templo Khajuraho

Templo Khajuraho