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sexta-feira, 27 de maio de 2011

... Cura....

Quando você está curado, joga fora a meditação, joga fora o remédio. Então, você vive como verdade -- cheio de vida, radiante, satisfeito, abençoado, uma canção em si mesmo. Toda a sua vida se transforma em uma prece sem palavras ou, melhor dizendo, em um estado de oração, em um estado de graça, de beleza que não pertence a este mundo, em um raio de luz vindo do além, iluminando a escuridão do nosso mundo.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

.... Felicidade...

Que a felicidade não dependa do tempo.
Nem da paisagem.
Nem da sorte.
Nem do dinheiro.
Que ela possa vir com toda a simplicidade.
De dentro para fora.
De cada um para todos.
Que as pessoas saibam falar, calar.
E acima de tudo ouvir.
Que tenham um amor.
Ou então não sintam falta de não tê-lo.
Que tenham um ideal.
E não tenham medo de perdê-lo.
Que amem ao próximo e respeitem sua dor.
Para possamos sentir que a vida é uma dança.
Que vai desenrolando regida pela luz divina.

...Xicara vazia...

Tente colocar uma gota a mais em uma xícara cheia.
Mesmo que seja a melhor e mais límpida água.
Mesmo que seja uma água que cure, cicatrize, e purifique o ser.
Ela transbordará, e se perderá.

Assim são as grandes verdades do universo.
Quando essa verdade chega em uma mente cheia, não tem espaço para ser compreendida, ela se perde e se mistura com toda essa confusão.

Limpar a mente, e assim se entregar a verdade.
O silêncio interior, lhe transporta para longe da ilusão.
Existe as nuvens, sim elas existem, porem vem e vão, assim como os nossos pensamentos.
Mais o CÈU permanece.
Esvaziar...




segunda-feira, 23 de maio de 2011

Ir dentro...

Diz-se que, mesmo antes de um rio cair no oceano ele treme
de medo.
Olha para trás, para toda a jornada,os cumes, as montanhas,
o longo caminho sinuoso através das florestas, através dos
povoados, e vê à sua frente um oceano tão vasto que entrar
nele nada mais é do que desaparecer para sempre.
Mas não há outra maneira.
O rio não pode voltar.

Ninguém pode voltar.
Voltar é impossível na existência.




Você pode apenas ir em frente.
O rio precisa arriscar-se e entrar no oceano.
E somente quando ele entra no oceano é que o medo
desaparece.


Porque apenas então o rio saberá que não se trata de
desaparecer no oceano, mas tornar-se oceano.
Por um lado é desaparecimento e por outro lado é
renascimento.


Assim somos nós.
Só podemos ir em frente e arriscar.
Coragem !!
Avance firme e torne-se Oceano!!!

terça-feira, 17 de maio de 2011

Dom natural

O amor é um dom natural...
Vem com você, é você...
Experimente olhar para uma criança, ela é amor, puro amor...
No momento que você olhar para os olhos de uma criança você sente a afeição que ela lhe dedica.
Toda criança sabe algo do amor.
Se duvidar do amor, você será incapaz de amar, ficará fechado.
E, no momento em que seu amor se torna ponderado, comparativo, egoísta, você perde a verdadeira ponte entre você e a existência.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

O eterno em nós

Vivemos flutuando no mar do ego.

Nós construímos uma vida baseada no projeto desenhado por arquitetos estranhos a nós, enchemos ela de móveis ditados pela moda dos outros, dançamos e choramos e rimos por sentimentos dos outros, pensamos com a mente dos outros, assumimos e defendemos as ideias dos outros.

Muito pouco, ou nada, é realmente nosso. Mas toda essa vida é artificial, limitada, e tem um fim previsível e inevitável: a morte.

E então? De que maneira nos justificamos neste mundo? Buscando e encontrando o verdadeiro, o eterno em nós. Aquilo que sobreviverá à morte, que somos nós mesmos, nosso Eu. Essa porção de existência que há em nós e que quando chega a morte simplesmente retorna ao Todo mas não desaparece.

Iremos continuar flutuando nos rios dos outros, vivendo vidas de outras pessoas, ou começaremos a nadar em nosso próprio riacho, onde a beleza nos surpreende a cada momento e que segue até o mar nos braços do amor e da compaixão?

Vamos continuar a viver na segurança falsa e confortável ou escolheremos a aventura imprevisível mas enriquecedora que é viver.

 Buscar o eterno em nós!

Osho, em "La pasión por lo imposible"

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Celebrar...


Aprendi que não adianta querer segurar a correnteza do rio, não adianta querer ter certezas sobre o rumo que as águas irão tomar. A vida jorra cheia de imprevistos, cheia de riscos, cheia de incertezas.

Está certo que eu já havia aprendido (ou estava aprendendo) que viver é expor-se ao risco, à incerteza. E se não há outra maneira de se viver, então só nos resta mesmo curtir e celebrar essa caminhada. Ou seja, só nos resta estar abertos e receptivos para o que a vida nos apresentar, estar de prontidão para o que der e vier, e celebrar tudo, o frio e o quente, o sol e a chuva, a dor e a alegria, os picos e os vales. Tudo é incerto e perigoso, mas também tudo é fugaz, nada é permanente. Como diz o ditado: não há mal que sempre dure e não há bem que não se acabe.
E ao invés de querer entender os sinais da vida, ao invés de buscar uma explicação para o que está acontecendo, a grande sacada é simplesmente aceitar a vida como um mistério que se revela a cada momento. E aceitar com um sim, com alegria e celebração.
Então, nada mais nos resta a fazer senão curtir e celebrar o milagre da vida
.  - Champak


O caminho...



“E milhões de dádivas estão sendo derramadas sobre você, simplesmente olhe para essas dádivas e você se surpreenderá. Você se surpreenderá ao ver como você tem perdido essas coisas. Só a alegria de respirar é suficiente para estar agradecido, só a alegria de encontrar um amigo é suficiente para estar agradecido, só a alegria de se sentar em silêncio, sem nada fazer... A alegria de uma manhã ou de um entardecer, a alegria de uma noite... Simplesmente siga procurando por essas alegrias e você as encontrará.
          Você só encontra aquilo que você procura.
          Você tem estado procurando por miséria, daí você ter criado misérias. Hoje está chovendo e amanhã não estará chovendo, então amanhã você poderá se sentir miserável. Você dirá: 'porque não está chovendo hoje?' E quando estava chovendo, você não estava agradecido.
          Comece a se sentir agradecido. A felicidade estará cada vez mais próxima, quanto mais você se tornar agradecido. A gratidão funciona como um magnetismo. A mente reclamante repele a felicidade, ela fecha as portas. Tudo depende de você. Eu posso mostrar para você o caminho, mas é você que terá que caminhar nele.” – Osho

terça-feira, 10 de maio de 2011

A psicologia dos budas.

A psicologia dos budas não é análise nem síntese, mas transcendência, ou seja, ir além da mente. Não é um trabalho dentro da mente, mas um trabalho que o leva para fora dela. Este é exatamente o significado da palavra “êxtase” — sair de si.
Quando você é capaz de deixar sua mente, quando se torna capaz de criar uma distância entre sua mente e seu ser, então você terá dado o primeiro passo na psicologia dos budas. Um milagre acontece: quando você sai da sua mente, todos os problemas dela desaparecem, porque a própria mente desaparece, ela perde o controle sobre você.
A psicanálise é como podar os ramos de uma árvore: novos brotos crescerão, pois as raízes não foram cortadas. E a psicossíntese é como colar os ramos caídos de volta na árvore. Isso também não trará vida aos ramos, que continuarão com um aspecto feio. Eles não estarão verdes, não farão parte da árvore, estarão apenas colados a ela.
A psicologia dos budas corta todas as raízes da árvore que cria as neuroses e psicoses e que gera o homem fragmentado, mecânico, robotizado. E o caminho é simples...
A psicanálise demora muitos anos e, ainda assim, o homem permanece o mesmo. Ela apenas renova a estrutura antiga, remendando aqui e ali, aplicando uma mão de tinta para disfarçar. Mas continua sendo a mesma casa, nada foi radicalmente alterado. Ela não transformou a consciência do homem.
A psicologia dos budas não funciona dentro da mente. Ela não está interessada em analisar ou sintetizar, apenas ajuda você a sair de sua mente para que possa dar uma olhada pelo lado de fora.
E este próprio olhar já é uma transformação. No mo mento em que você consegue olhar para sua mente como um objeto, você se distancia, perde sua identificação com ela.
Urna distância é criada e as raízes são cortadas.
Por que as raízes são cortadas dessa maneira? Porque é você quem alimenta a mente.
Se você está identificado, você ali menta a mente. Caso contrário, você interrompe essa alimentação. Ela cai morta por si só.
Existe uma bela história que eu adoro contar... Diz a lenda que um dia, já em idade bastante avançada, Buda passava por uma floresta. Era um dia quente de verão e ele estava com muita sede. Então ele disse a Ananda, seu discípulo-mor:  “Você precisa voltar, passamos por um pequeno riacho cinco ou seis quilômetros atrás. Vá, leve a minha vasilha de esmolas e me traga um pouco de água. Estou com sede e cansado.”
Ananda retornou, mas, ao chegar ao local, percebeu que alguns carros de bois haviam atravessado o riacho, revolvendo o leito de folhas secas e deixando a água enlameada. Já
não era mais possível beber daquela água, ela estava muito suja. Ele voltou com as mãos
vazias dizendo: “Você precisa esperar um pouco. Eu vou seguir adiante, pois ouvi falar de
um grande rio a apenas três ou quatro quilômetros daqui. Eu trarei água de lá.”
Mas Buda insiste dizendo: “Volte e traga água do mesmo riacho.”
Ananda não conseguia entender tanta insistência, mas, se o mestre estava ordenando, o discípulo obedeceria. Assim, ele retornou ao riacho, mesmo sabendo do absurdo que seria caminhar cinco ou seis quilômetros, sabendo que a água não era boa para ser bebida.
Ao retornar, Buda disse: “E não volte se a água ainda estiver suja. Se estiver suja, simplesmente sente à margem do riacho e permaneça em silêncio. Não faça nada, não entre no riacho. Apenas sente à margem em silêncio e observe. Cedo ou tarde a água estará límpida novamente, você poderá encher a vasilha e voltar.”
Ananda retornou ao local. Buda estava certo: a água estava quase límpida, as folhas tinham sido levadas, a sujeira tinha assentado. Mas ainda não estava absolutamente límpida. Assim, ele se sentou à margem e apenas observou o rio fluir. Lentamente, ele se tornou transparente como um cristal e Ananda retornou dançando. Ele havia entendido por que Buda fora tão insistente, pois na sua insistência Buda havia deixado uma mensagem que ele compreendera. Ananda entregou a água a Buda e o agradeceu, tocando seus pés.
Buda então disse: “O que você está fazendo? Sou eu quem deveria agradecê-lo por ter me trazido água.”
Ananda retorquiu: “Agora eu entendo. No início, eu estava com raiva. Eu não demonstrei, mas estava com raiva porque achava que era absurdo voltar. Agora, entendi a mensagem. Sentado à margem do riacho, me dei conta de que a mesma coisa acontece com minha mente. Se eu mergulhar no rio, eu o sujarei novamente. Se eu mergulhar na mente, apenas criarei mais barulho, mais problemas serão desenterrados e irão começar a aparecer.
Aprendi a técnica simplesmente ao sentar à margem.”
Fique sentado à margem de sua mente, observando sua sujeira, seus problemas, suas folhas podres, mágoas, feridas, memórias, desejos. Sente-se despreocupadamente à margem de tudo e aguarde o momento em que tudo estará límpido novamente.
Isto acontecerá por si só porque, no momento em que se sentar à margem de sua mente, você não estará mais transmitindo energia para ela. Essa é a verdadeira meditação.
A meditação é a arte da transcendência.
Freud falou em análise, Assagioli em síntese. Os Budas sempre falaram em meditação e consciência.
O que há de tão especial nesse terceiro tipo de psicologia? Meditação, percepção, observação, testemunho — isso é único. Você não precisa de um psicanalista. Você pode fazer isto sozinho. Na verdade, você tem que fazer isto sozinho. Não é preciso nenhum manual, pois o processo é simples quando executado: caso contrário, parece muito complicado.
A própria palavra meditação assusta muito as pessoas, pois elas pensam que é algo difícil e árduo. Sim, se você não meditar, fica tudo muito difícil e árduo. É como nadar. No início, parece muito difícil, mas depois que você descobre o processo vê que é simples.
Nada pode ser mais simples do que nadar. Não é uma forma de arte, é tão espontâneo e natural!
Tome maior consciência de sua mente. Ao fazer isso, você também tomará consciência de que você não é a mente. E este é o início da revolução. Você começa a se elevar mais e mais. Você deixa de estar atrelado à mente, que funciona como uma pedra que o detém. Ela o prende dentro de um campo gravitacional. No momento em que você se liberta da mente, quando a gravidade perde seu poder sobre você, você entra no campo de Buda. Entrar no campo de Buda significa entrar no mundo da levitação. Você começa a flutuar. A mente, no entanto, continua a puxá-lo para baixo.
Assim, não é uma questão de analisar ou sintetizar. É simplesmente uma questão de tomar consciência.
A verdadeira terapia é a transcendência, e não apenas a psicoterapia. Não é um fenômeno limitado à psicologia, é muito maior do que isto. É espiritual. E pode curá-lo no mais fundo de seu ser.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Amor e liberdade.

O amor é a única libertação do apego. Quando você ama tudo, não está preso a nada.
... O homem aprisionado pelo amor de uma mulher e a mulher aprisionada pelo amor de um homem estão ambos sem condições de receber
a preciosa premiação da liberdade. Mas o homem e a mulher que, graças ao amor, tornaram-se uma só pessoa, inseparáveis, indistinguíveis, estão bastante qualificados para receber o prêmio.



Você pode perceber na afirmação acima um vislumbre do discernimento, da consciência, da compreensão de Mirdad. Ele está dizendo: O amor é a única libertação do apego... e você sempre ouviu que o amor é o único apego!



Osho, em "Amor, Liberdade e Solitude: Uma Nova Visão Sobre os Relacionamentos"



A mente humana é um milagre - Osho

"A mente é um mecanismo tremendamente valioso, um dos maiores milagres na biologia, na evolução do homem. A mente é simplesmente inacreditável, a maneira como ela funciona...
A existência não foi capaz de criar algo maior que a sua mente. O seu funcionamento é tão complexo que deixa perplexos os maiores cientistas. Ela administra todo o seu corpo que é um sistema muito complexo. Quem cuida para que uma certa parte de seu sangue vá para o cérebro? Quem cuida para que parte de seu alimento se transforme em ossos, se transforme em sangue, se torne pele? Quem cuida para que parte de sua pele se torne unhas, que parte de sua pele se torne olhos e orelhas? Certamente você não está administrando isso, e eu não vejo qualquer outro administrador por perto. Assim, primeiro você tem que estar agradecida à mente...

Você tem que decorar a sua mente com poesia, com música, com arte, com ótima literatura. O seu problema é que a sua mente está cheia apenas com coisas corriqueiras. Essas coisas medíocres circulam pela sua mente de maneira que você não consegue amá-la. Você não pensa em alguma coisa que seja grandiosa. Coloque-a em sintonia com os grandes poetas, coloque-a em sintonia com pessoas como Fyodor Dostoievski, Leon Tolstoi, Anton Chekov, Turgenev, Rabindranath, Kahlil Gibran, Mikhail Naimy, preencha-a com as maiores alturas que a mente já alcançou.
E à medida que essas coisas começam a se transformar em picos mais altos, além da mente, você estará descobrindo novos mundos, novos universos para os quais nós nem mesmo temos nomes. Nós podemos dizer felicidade, êxtase, iluminação, mas nenhuma palavra descreve isso verdadeiramente. Está simplesmente fora do poder da linguagem reduzir isso em explicações, em teorias, em filosofias. Isso está simplesmente além... Mas a mente se alegra em sua transcendência. "
Texto extraido de resposta dada por Osho a uma discípula. Esses dois últimos parágrafos dizem simplesmente que, para transcendermos a mente (vulgo Iluminação) devemos cuidar bem de nossa mente, amá-la, enfeitá-la. Não devemos lutar com ela para ir além. Talvez seja essa a função maior da arte em geral: ajudar a todos nós a alcançarmos esse estado em que nos tornamos mais que um corpo carregando uma mente.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

MEDITAÇÃO É VIDA E NÃO MEIO DE VIDA

Um lugar para as pessoas que poodem arriscar tudo por nada.
Exatamente isso, tudo por nada, porque a meditação levará você a um estado de completo vazio. Mas aqueles que chegarem ao vazio da meditação imediatamente perceberão que também atingiram a completude de Deus. O vazio de si mesmo é a completude de Deus, este é seu outro aspecto. Você se torna nada e subitamente uma grande plenitude desce sobre você — você está transbordante, preenchido por Deus. Ao tornar-se vazio, você se torna espaçoso, torna-se um hóspede para o grande visitante.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

CÉU INTERIOR

"O estado da não-mente é o estado do divino. Deus não é um pensamento mas a experiência de estar sem pensamentos. Ele não é um conteúdo na mente; ele é a explosão quando a mente fica sem conteúdo. Este não é um objeto que você possa ver; é a própria capacidade de ver. Não é o que é visto senão aquele que vê. Ele não é como as nuvens que se jutam no céu, mas o próprio céu quando não há nenhuma nuvem. Ele é esse céu vazio.

Quando a consciência não estiver indo para algum objeto externo, quando não houver nada para ver, nada para pensar, somente vacuidade ao redor, assim você recai em si mesmo. Não há para onde ir - a pessoa relaxa na própria fonte do ser, e essa fonte é Deus.

Seu ser interior é simplesmente o céu interior. O céu é vazio, mas é esse céu vazio que contém todas as coisas, toda a existência, o Sol, a Lua, as estrelas, a Terra, os planetas. É o céu vazio que dá espaço para tudo que é. É esse céu vazio que é a base de tudo que existe. Coisas vêm e vão e o céu permanece o mesmo.

Exatamente da mesma maneira, você tem um céu interior; esse também é vazio. Nuvens vêm e vão, planetas nascem e desaparecem, estrelas surgem e morrem, e o céu interior permanece o mesmo, intocado, imaculado. Chamamos esse céu interior de sakshin, a testemunha – e esse é todo o objetivo da meditação.

Vá para dentro, desfrute o céu interior. Lembre-se, o que quer que você possa ver, você não é isso. Se puder ver pensamentos, então você não é pensamento; se puder ver seus sentimentos, então você não é seus sentimentos; se puder ver seus sonhos, desejos, memórias, imaginações, projeções, então você não é nenhum deles. Prossiga eliminando tudo que você possa ver. Desse modo, um dia, o momento especial chega, o momento mais significante na vida de uma pessoa, quando nada resta para ser rejeitado. Tudo que foi visto desaparece e somente aquele que vê está ali. Este observador é o céu vazio.

Conhecer isso é não ter o que temer, e conhecer isso é estar repleto de amor. Conhecer isso é ser Deus, é ser imortal." (palavras de Osho).

terça-feira, 3 de maio de 2011

Perceba o espaço.

É preciso compreender algumas coisas a respeito da mente, pois, quanto mais você entender o mecanismo da mente, maior será a possibilidade que você não interfira. Maior será sua possibilidade de sentar-se em zazen, ou seja, ser capaz de apenas sentar-se, sem fazer nada. Permitir que a meditação ocorra: é um acontecimento.
Caso contrário, é possível que você continue estimulando a mente a funcionar sem parar.

A primeira coisa a entender a respeito da mente é que há uma tagarelice constante.

Quer você esteja falando ou não, ela continua a falar internamente. Quer você esteja acordado ou adormecido, a conversa interna continua, como uma espécie de ruído de fundo.

Mesmo quando você trabalha, dirige ou caminha, a tagarelice interna continua.

A mente fala o tempo todo. Se esse falatório interno puder ser silenciado, mesmo que durante um único instante, você terá uma breve visão da não-mente. Esse é o objetivo e a essência da meditação. O estado de não-mente é o estado correto e natural.

Como chegar, então, a um intervalo no qual a mente pare com a falação interna? Mais uma vez, se você se esforçar para isso, estará no caminho errado. Não é necessário se esforçar, pois, na verdade, este intervalo ocorre o tempo todo, basta estar atento. Entre dois pensamentos há um intervalo. Até mesmo entre duas palavras há um intervalo. Caso contrário, pensamentos e palavras iriam se sobrepor.

Não importa o que você esteja dizendo: “Uma rosa é uma rosa é uma rosa.” Entre duas palavras, por mais invisível e imperceptível que seja, há um intervalo. Com um pouco
de atenção você irá perceber este intervalo: uma-rosa-é-uma-rosa-é-uma-rosa. O intervalo ocorre continuamente, após cada palavra.
Sua percepção de mundo precisa ser alterada. Geralmente você está atento às palavras e não aos intervalos. Você está olhando para “uma” e para “rosa”, mas não para o intervalo entre as duas.
Mude o foco.
Perceba o espaço... Entre as respirações, entre as palavras, perceba os espaços.
Ai esta a não mente.
Quando a energia entra — o que Buda chamou de para parabvrutti, o retorno de sua energia à fonte —, subitamente a clareza é atingida. Nesse momento você poderá ver nuvens a milhares de quilômetros, poderá ouvir a música antiga das árvores. Nesse
momento tudo estará a seu alcance. (Osho). 

Meditação é sua natureza.

A meditação não pode ser feita pela mente porque não é algo que se conquiste. A meditação já está lá, é sua natureza. Não precisa ser conquistada, basta que seja lembrada. Está lá, esperando por você. Basta voltar-se para dentro, e ela está disponível. Sempre esteve dentro de você. A meditação é sua natureza intrínseca, não tem nada a ver com suas atividades. Você não pode tê-la, assim como não pode não tê-la. Ela não pode ser possuída, não é uma coisa.
É você. É o seu ser.
Uma vez que você tenha entendido o que é a meditação, as coisas começam a ficar muito claras. Caso contrário, continuará tropeçando no escuro.
A meditação é um estado de clareza e não um estado da mente. A mente é confusa, nunca está clara. Não pode estar. Os pensamentos criam nuvens a seu redor, nuvens sutis.
Uma névoa é criada por eles e a clareza se perde. Quando os pensamentos desaparecem, quando não há mais nuvens a seu redor, quando você está apenas sendo você mesmo, a clareza advém. Então é possível ver bem longe. É possível enxergar até o fim da existência, e seu olhar se torna penetrante, indo ao centro do ser.
A meditação é essa clareza absoluta da visão.
Não é possível pensar sobre ela.
Você deve parar de pensar. Quando digo “parar de pensar”: não tire conclusões apressadas, pois tenho que usar este idioma para me expressar. Eu digo “pare de pensar” mas, se você fizer um esforço no sentido de parar, estará no caminho errado, pois terá mais uma vez reduzido a meditação a uma ação.
“Pare de pensar” significa apenas: não faça nada. Sente-se. Deixe que os pensamentos
se acomodem. Deixe que a mente pare por conta própria. Apenas sente-se olhando para a
parede, em um canto silencioso, sem fazer nada. Relaxado. Solto. Sem esforço. Sem ir a
lugar nenhum. Como se você estivesse dormindo acordado — você está acordado e está
relaxando, mas todo o seu corpo está caindo no sono. Você permanece alerta por dentro, mas todo o corpo se move para um relaxamento profundo.
Os pensamentos se acomodam sozinhos. Se você vê que a água de um riacho está lamacenta, o que faz? Pula dentro do riacho para tentar ajudar a água a ficar límpida? Você
irá apenas gerar mais lama. Sente-se na margem, então. Espere, pois não há nada a ser  feito.
Se alguém cruzou o riacho e as folhas caídas vieram à superficie com a lama, é preciso ter
paciência.
Observe, indiferente. O riacho continuará fluindo, as folhas serão levadas pela
corrente e a lama ira depositar-se, pois não pode flutuar para sempre.
Após algum tempo, você irá perceber que a água está límpida novamente.
Sempre que um desejo cruza sua mente, o riacho fica lamacento Então sente-se, sem
fazer nada. No Japão, este “sentar sem fazer nada” é chamado de zazen. Sente-se e, um dia,
a meditação acontecerá. Você não a trará, ela virá a você. E quando vier, você irá
reconhecê-la imediatamente. Ela sempre esteve lá, mas você não estava olhando na direção
adequada. O tesouro estava com você, mas você estava ocupado com outra coisa:
pensamentos, desejos, mil outras coisas Não estava interessado na coisa mais importante:
seu próprio ser.
 Trecho retirado do livro: Aprendendo a silenciar a mente (Osho)




INOCÊNCIA -

INOCÊNCIA -
AS FOTOS SÃO DE UMA GAROTINHA CHAMADA TIPPI, NASCIDA EM NAIROBI, ÁFRICA EM 1990. CRESCEU NA SELVA COM SEUS PAIS, QUE SÃO FOTÓGRAFOS FRANCESES DA VIDA SELVAGEM. ELES DOCUMENTARAM A VIDA DE SUA FILHA COM OS ANIMAIS.


UM VAJRA-MANDALA LAMAICO

UM VAJRA-MANDALA LAMAICO

Permanecer, transparente

Permanecer, transparente

Retiro em leela

Retiro em leela

Satyaprem

Satyaprem


A Deriva

A Deriva

enxergando

enxergando

Contemplação

Contemplação

Mente

Mente

Estátua Khajuraho

Estátua Khajuraho

Khajuraho

Khajuraho









Templo Khajuraho

Templo Khajuraho