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terça-feira, 3 de maio de 2011

Meditação é sua natureza.

A meditação não pode ser feita pela mente porque não é algo que se conquiste. A meditação já está lá, é sua natureza. Não precisa ser conquistada, basta que seja lembrada. Está lá, esperando por você. Basta voltar-se para dentro, e ela está disponível. Sempre esteve dentro de você. A meditação é sua natureza intrínseca, não tem nada a ver com suas atividades. Você não pode tê-la, assim como não pode não tê-la. Ela não pode ser possuída, não é uma coisa.
É você. É o seu ser.
Uma vez que você tenha entendido o que é a meditação, as coisas começam a ficar muito claras. Caso contrário, continuará tropeçando no escuro.
A meditação é um estado de clareza e não um estado da mente. A mente é confusa, nunca está clara. Não pode estar. Os pensamentos criam nuvens a seu redor, nuvens sutis.
Uma névoa é criada por eles e a clareza se perde. Quando os pensamentos desaparecem, quando não há mais nuvens a seu redor, quando você está apenas sendo você mesmo, a clareza advém. Então é possível ver bem longe. É possível enxergar até o fim da existência, e seu olhar se torna penetrante, indo ao centro do ser.
A meditação é essa clareza absoluta da visão.
Não é possível pensar sobre ela.
Você deve parar de pensar. Quando digo “parar de pensar”: não tire conclusões apressadas, pois tenho que usar este idioma para me expressar. Eu digo “pare de pensar” mas, se você fizer um esforço no sentido de parar, estará no caminho errado, pois terá mais uma vez reduzido a meditação a uma ação.
“Pare de pensar” significa apenas: não faça nada. Sente-se. Deixe que os pensamentos
se acomodem. Deixe que a mente pare por conta própria. Apenas sente-se olhando para a
parede, em um canto silencioso, sem fazer nada. Relaxado. Solto. Sem esforço. Sem ir a
lugar nenhum. Como se você estivesse dormindo acordado — você está acordado e está
relaxando, mas todo o seu corpo está caindo no sono. Você permanece alerta por dentro, mas todo o corpo se move para um relaxamento profundo.
Os pensamentos se acomodam sozinhos. Se você vê que a água de um riacho está lamacenta, o que faz? Pula dentro do riacho para tentar ajudar a água a ficar límpida? Você
irá apenas gerar mais lama. Sente-se na margem, então. Espere, pois não há nada a ser  feito.
Se alguém cruzou o riacho e as folhas caídas vieram à superficie com a lama, é preciso ter
paciência.
Observe, indiferente. O riacho continuará fluindo, as folhas serão levadas pela
corrente e a lama ira depositar-se, pois não pode flutuar para sempre.
Após algum tempo, você irá perceber que a água está límpida novamente.
Sempre que um desejo cruza sua mente, o riacho fica lamacento Então sente-se, sem
fazer nada. No Japão, este “sentar sem fazer nada” é chamado de zazen. Sente-se e, um dia,
a meditação acontecerá. Você não a trará, ela virá a você. E quando vier, você irá
reconhecê-la imediatamente. Ela sempre esteve lá, mas você não estava olhando na direção
adequada. O tesouro estava com você, mas você estava ocupado com outra coisa:
pensamentos, desejos, mil outras coisas Não estava interessado na coisa mais importante:
seu próprio ser.
 Trecho retirado do livro: Aprendendo a silenciar a mente (Osho)




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INOCÊNCIA -

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AS FOTOS SÃO DE UMA GAROTINHA CHAMADA TIPPI, NASCIDA EM NAIROBI, ÁFRICA EM 1990. CRESCEU NA SELVA COM SEUS PAIS, QUE SÃO FOTÓGRAFOS FRANCESES DA VIDA SELVAGEM. ELES DOCUMENTARAM A VIDA DE SUA FILHA COM OS ANIMAIS.


UM VAJRA-MANDALA LAMAICO

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