As
pessoas confundem autoconhecimento com um balanço do passado, com uma espécie
de maneira perfeita de lidar com as situações. Mas isso não tem nada a ver com
você, não tem nada a ver com o verdadeiro autoconhecimento. A verdade é que o
autoconhecimento desprende você dos acontecimentos. As nuvens não são o céu.
Toda
a brincadeira consiste em convidá-lo a olhar para dentro. Não importa quantas
vezes você tenha ouvido isso, este movimento é eterno – eterna vigilância. Não
tem outra maneira, olhar para dentro é a eterna vigilância.
O
chamado para o lado de fora é imenso e muito poderoso, aparentemente. Olhar
para dentro desmistifica essa realidade que você comprou como verdade, e é por
isso que tão poucos encaram tal proposta. Olhar para dentro revela a chamada
"realidade" como ilusória, passageira, nuvens, e nisso, todos os
valores passam por uma revisão.
Portanto,
olhe para dentro, de novo, de novo e de novo. Até que você, como consciência,
esteja tranquilamente assentado, indubitavelmente acomodado na realidade do
Ser, da Consciência que você é. O céu no céu e as nuvens passam, na sua dança
ora branca ora negra.
Veja:
é muito sutil. A mente apreende a ideia de que você não deve ter dúvidas e
elabora um sistema que repete "Já sei tudo! Não tenho dúvida alguma".
Mas não estamos aqui para você entender algo, não ter dúvida não é não ter
dúvida. O nosso propósito é perder, perder todos os conceitos, desprender-se de
todos os acontecimentos e habitar o dentro como realidade. E dentro do céu tudo
é possível.
Satyaprem
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